Demetria Narrando
Entrei na sala de reunião e me sentei na minha cadeira,
esperando a minha hora de apresentar.
- Bom, vamos começar logo essa reunião para os novos
produtos, Demetria você poderia começar? – Minha avó Elizabeth, ou Lisa, como
eu a chamo quando não estamos no trabalho.
- Claro! – Responde me levantando, e colocando o pendrive no
notebook, e preparando-o para a apresentação. Enquanto preparava tudo, eu olhei
distraidamente pela sala e meus olhos pararam em Joseph, ele comia um morango
enquanto me olhando sorrindo com malicia, e apenas eu, pareci perceber que ele
estava quase me despindo com olhares. Engoli seco e finalmente o vídeo apareceu
no quadro digital. – Esse é o novo comercial para o batom! – Disse e dei o
player.
O comercial começa com a minha irmã, Dallas, que era a modelo
da empresa, falando “O que uma mulher precisa para seduzir?” e depois ela
apresentava o batom vermelho sangue, combinando com o seu vestido longo da
mesma cor, e o passava. E no final ela beijava um Homem. Era um comercial
quente, por assim dizer.
- Ótimo comercial! – Minha avó disse batendo palma, e todos a
acompanharam.
- Obrigada! – Disse pegando todas as coisas e voltando a me
sentar no meu lugar.
- Joseph poderia agora falar sobre o novo produto? – Minha
avó perguntou animada, ela estava que não parava de sorrir com o novo creme.
- Claro! – Ele disse se levantando e preparando as coisas
para a apresentação. – O novo creme rejuvenescedor de pele, contará com um
produto em especifico, na verdade, uma planta, chamada Flórissia. Essa planta
era usada, e ainda é, pelos índios para curar ferimentos pequenos e tirar
manchas da pele! – Ele explicou e apareceu uma representação no quadro digital
e uma pele manchada, e depois uma pele muito melhor que a de antes. – Essa planta,
se usada corretamente, poderá deixar a pele mais jovem e macia, como nenhum
creme já fizera antes! – Olhei atentamente para Joseph e ele parecia muito
animado, assim como a minha avó.
Joseph era o cientista da empresa, era ele que preparava
todas as formulas de cremes e perfumes daqui, e devo assumir que para um
cientista ele era muito bonito.
- Ótimo! Eu quero saber de mais coisas quando você avançar
mais nas descobertas! – Minha avó exigiu, mas apenas de brincadeira, ela e
Joseph tinham um ótimo convívio.
- Claro! – Ele respondeu rindo.
A reunião terminou uns minutos depois e apenas eu, meu irmão
Justin minha avó e meu pai, Patrick, permanecemos na sala.
- Justin seu moleque, acorda! – Meu pai reclamou e Justin
levantou em um pulo.
- Maravilhoso! – Justin disse batendo palmas.
- A reunião acabou! – Disse rindo, Justin não levava jeito
para isso, ele era muito festeiro. E sempre chegava tarde da noite das suas
festas e dormia nas reuniões na manha seguinte, como hoje.
- Você é um imprestável mesmo! – Minha avó disse rindo, mas
no fundo eu sabia que ela ainda tinha esperanças que ele mudasse.
- AH vovó Lisa, você sabe que essa coisa de maquiagem e
cosméticos não é a minha praia! – Ele reclamou, como era mimado, meu deus.
- Você quis dizer essa coisa de trabalhar não é? – Meu pai
disse irritado.
- Pai, se acalma você conhece o filho que tem! – O acalmei. –
Anda Justin, vai para as suas festas! – Mandei e ele levantou animado me deu um
abraço e saiu comemorando.
- Agora, mudando de assunto, Patrick você já pensou em um
nome para o novo creme? – Minha avó perguntou.
- Não, mas estou vendo uns nomes, nada serio até agora! – Ele
deu de ombros.
- Eu quero que esse creme seja perfeito, então trabalhe duro
no nome! – Pediu minha avó.
- Nossa vovó, você esta mais animada do que nunca com esse
novo creme! – Notei.
Minha avó era uma mulher de 60 anos, mas a pele bem
cuidada pelos nossos produtos, o cabelo pintado em um vermelho vinho vibrante,
as unhas e a maquiagem sempre belíssimas, a deixava com um 40 anos de idade.
- É, esse creme vai ser a minha despedida, pois depois do
lançamento dele, essa empresa vai ser brevemente do seu pai, e logo depois sua
minha querida! – Eu sorri e ela me abraçou, eu amava a minha avó, ela era
simplesmente incrível.
Me despedi de todos e fui para a minha sala ver o resto dos
papeis que deixei a minha espera na mesa. Não tinha nada muito importante,
contratos, que depois que eu lesse teria que levar para a minha avó, contas de
luz do meu apartamento, Carta do Wilmer... Espera, uma carta do Wilmer? Abri a
carta desesperada e comecei a ler.
Querida
Demetria, não nos falamos a muito tempo, e sei que voe esta magoada, mas quero
que saiba que nada do que seus familiares disseram era verdade, e nada do que
eu disse era verdade, eu não quero o seu dinheiro, eu quero apenas você. Se
quiser me dar mais uma chance me encontre na Starbucks que costumávamos
ir. Ass. Wilmer.
Depois de chorar muito lendo aquela carta, eu finalmente a
amassei e joguei no lixo, eu não acredito que ele fizera isso comigo, além de
mentiroso é hipócrita. Ele disse na minha cara que só estava comigo pelo
dinheiro da minha herança, e agora me manda essa carta ridícula. Peguei minha
maquiagem na minha bolsa e caminhei até o banheiro que havia na minha sala,
assim lavando o meu rosto e retocando a maquiagem borrada.
Joseph Narrando
Depois da reunião eu voltei para a minha sala e fiquei
pensando no corpo que Demetria tinha. Sempre dei em cima dela, pois aquele
corpo maravilhoso me atraia como um louco. Mas a uns dois anos atrás ela se
envolveu com o Wilmer, um cara que trabalhava nas confecções da empresa, e eles
iriam se casar, mas ela descobriu que ela apenas estava com ela por dinheiro.
Depois da separação Demetria ficou afastada da empresa, pois
Wilmer trabalhava aqui, ela pediu para sua avó não demiti-lo, e quando voltou
para empresa voltou totalmente nova, o corpo mais gostoso do que nunca, mas
tudo de bom vem com um porém. Ela se fechou totalmente para os homens, nada de
relacionamentos, ou ficadas, ela se tornou, como os empregados da empresa a
chamam, a Dama de Gelo.
Voltei a minha atenção para o computador a minha frente
checando as horas, daqui a pouco eu teria que ir para o laboratório trabalhar
mais na formula. Fui vendo os papeis na minha mesa até que um me chamou
atenção, era uma carta, abri e li. E eu não conseguia acreditar no que estava
ali...
- Eu vou ser deportado?
Bom garotas, demorei mais postei, é um cap pequeno, mas espero que tenham gostado, comentem muito para o próximo, beijos!